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Alecrim

O óleo essencial de alecrim é conhecido por suas propriedades estimulantes e antimicrobianas, é um dos óleos essenciais mais populares e versáteis, amplamente utilizado tanto na aromaterapia quanto em outras práticas terapêuticas. O alecrim pertence ao gênero *Rosmarinus*, que recentemente foi reclassificado como parte do gênero *Salvia*. Existem várias espécies e quimiotipos de alecrim, cada um com suas particularidades em termos de composição química e propriedades terapêuticas.

 Principais Gêneros e Quimiotipos

 1. Rosmarinus officinalis ct. cineol.

   – Princípios Ativos: 1,8-cineol (eucaliptol), alfa-pineno, cânfora.

   – Funcionalidades: Estimulante mental, expectorante, antisséptico.

  – Riscos especialmente para grupos sensíveisPode causar irritação nas vias respiratórias e na pele em concentrações elevadas. Em bebês e crianças pequenas, pode causar problemas respiratórios graves, incluindo espasmos da glote.

 

 2. Rosmarinus officinalis ct. verbenona.

   – Princípios Ativos: Verbenona, borneol, alfa-pineno.

   – Funcionalidades: Regenerador celular, desintoxicante hepático, cicatrizante.

   – Riscos especialmente para grupos sensíveis: Os cetonas, como a verbenona, podem ser neurotóxicos e causar convulsões em altas concentrações. Também podem ser abortivos e hepatotóxicos.

 

 3. Rosmarinus officinalis ct. cânfora.

   – Princípios Ativos: Cânfora, alfa-pineno, 1,8-cineol.

   – Funcionalidades: Estimulante circulatório, analgésico, anti-inflamatório.

  – Riscos especialmente para grupos sensíveisPode ser neurotóxica e causar convulsões em altas concentrações. Também pode causar irritação na pele e nas mucosas.

 

A respeito da origem do alecrim, esta planta é nativa da região mediterrânea, mas é amplamente cultivado em várias partes do mundo, incluindo Europa, América do Norte e Ásia. As condições climáticas e o solo influenciam significativamente a composição química do óleo essencial e sua qualidade. Além destes fatores, a qualidade dos óleos essenciais tambem são fortemente influenciadas pelos métodos de extração empregados. No caso do alecrim, o método mais comum de extração é a destilação a vapor. Este processo envolve a passagem de vapor através do material vegetal, o que permite a extração dos compostos voláteis. O rendimento típico varia de 1% a 2%, ou seja,1 kg de material vegetal pode produzir entre 10 a 20 mL de óleo essencial.

 

Principais usos terapêuticos 

  •  Estimulante Mental.
  •  Alívio de Dores Musculares e Articulares.
  •  Cuidados com a Pele e Cabelo.
  • Apoio Respiratório.

   Dosagem

 

O óleo essencial de alecrim possui muitos benefícios terapêuticos, mas deve ser usado com extrema cautela em grupos sensíveis como animais, gestantes, lactantes e bebês. A concentração segura varia de 0,1% a1%, dependendo do grupo e da forma de uso. Os principais princípios ativos, como 1,8-cineol, cânfora e grupos cetônicos, apresentam riscos que devem ser cuidadosamente considerados. Sempre consulte um profissional de saúde ou um aromaterapeuta certificado antes de iniciar o uso de óleos essenciais.

Formas de Uso e Precauções

Difusores: Adicionar 1-2 gotas de óleo essencial de alecrim a um difusor de água. Difundir por 30-60 minutos em um ambiente bem ventilado. Evitar o uso direto no quarto de bebês e crianças pequenas.

Inalação Direta: Colocar 1 gota em um lenço e inalar conforme necessário. Evitar o uso em bebês e crianças pequenas.

Aplicação Tópica:

Massagem: Diluir 1-2 gotas de óleo essencial de alecrim em 30 mL de óleo carreador. Aplicar em áreas específicas do corpo, como pés, pulsos ou áreas de dor muscular. Evitar o uso em gestantes durante o primeiro trimestre e em áreas do peito de lactantes.

Compressas: Adicionar 1-2 gotas de óleo essencial de alecrim a uma compressa quente ou fria e aplicar na área afetada. Usar com cautela em grupos sensíveis.

Banhos: Banho Aromático: Adicionar 1-2 gotas de óleo essencial de alecrim a um banho quente, diluídas em um óleo carreador ou sal de banho para evitar irritação da pele. Evitar o uso em bebês e crianças pequenas.

Referências: 

Tisserand, R., & Young, R. (2014). Essential Oil Safety: A Guide for Health Care Professionals. Elsevier Health Sciences.

Worwood, V. A. (2016). The Complete Book of Essential Oils and Aromatherapy, Revised and Expanded. New World Library.

Lis-Balchin, M. (2006). Aromatherapy Science: A Guide for Healthcare Professionals. Pharmaceutical Press.

 

Lawless, J. (2013). The Encyclopedia of Essential Oils: The Complete Guide to the Use of Aromatic Oils in Aromatherapy, Herbalism, Health, and Well Being. Conari Press.